segunda-feira, julho 24, 2017

MERENDA ESCOLAR: Investigadas por vender comida podre em PE são proibidas de participar de licitações

BLOG FOLHA PE

A polícia detalhou, nesta segunda-feira (24), a Operação Comunheiro II. Eles alertaram para a existência de vinte caixas de carne estragada fornecidas pela WJR Comercial e que podem estar em qualquer lugar


Izaías Novaes (delegado do DECASP) fala sobre a Operação Comunheiro II
Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Uma empresa que fornecia carne com prazo de validade vencido a hospitais e escolas públicas de Pernambuco é o alvo principal da Operação Comunheiro II, deflagrada na última sexta-feira (21) pela Polícia Civil de Pernambuco. Ao todo, nove companhias que atuam nos ramos alimentícios, de material de escritório e de prestação de serviços são investigadas por lavagem de dinheiro e crimes licitatórios. Em coletiva de imprensa, os investigadores informaram que teve Medida Cautelar aceita pela Justiça proibindo as nove empresas de contratar com o Poder Público. 

O delegado Izaias Novares alertou para a existência de vinte caixas de carne estragada fornecidas pela WJR Comercial e que podem estar em qualquer lugar e pediu atenção a gestores públicos para que verifiquem todo o material recebido. 

Além dela, também estão envolvidas no esquema a Comercial Ribeiro e Santos; Onix Comércio e Representações; F. Araújo Distribuidora; Comercial Américo - Produtos Alimentícios, Higiene e Variedades; Martins e Andrade; WJR Comercial; Neomax Comércio e Serviços LTDA.; Mega Fácil Empreendimentos LTDA; Nutrinor; Pride Comércio e Papelaria e Embalagens. 

Segundo a Polícia Civil, além de fornecer carne com prazo de validade vencido a hospitais e escolas públicas de todo o Estado, "do litoral ao Sertão", as empresas funcionavam tipo "guarda-chuva", atendendo a todo tipo de serviço. 

Sete presos
A Operação Comunheiro II culminou na prisão de sete pessoas. Foram expedidos oito mandados de prisão preventiva ou temporária. Desses, sete foram cumpridos. Também foram realizados 26 mandados de busca e apreensão domiciliar e outros 12 de condução coercitiva. 

Entre os alvos para prisão temporária e buscas domiciliares estão Antônio Carlos Barreto, mais conhecido por Tota Barreto; Danilo Ribeiro dos Santos Ribas; Reinaldo Felix Campos Uchoa Cavalcanti, ou "Macarrão"; Reginaldo de Almeida Barros Junior (Regis); José Florêncio da Silva, ou "Pelé"; Vital José Moreira Neto; Itamar Carlos da Silva; Bruno Santa Rosa; e Marcos Bacelar de Andrade, o Marquinhos. Todos eles são investigados por crime licitatório, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

Leia também:
Operação combate lavagem de dinheiro no Grande Recife e Mata Sul
Operação prende suspeitos de vender comida vencida a hospitais e escolas de PE
O "Regis" e José Florêncio da Silva são da WJR, que tem contratos de R$ 38 milhões e é a empresa responsável pelo fornecimento de 20 caixas de carne podre. A empresa é de São Lourenço da Mata.

Danilo Ribeiro dos Santos Ribas está foragido. Ele é sócio da Onix e colocou os pais idosos como sócios da empresa sem que eles soubessem.

Também estão envolvidas no esquema três ex-servidoras da Comissão de Licitação da Câmara de Carpina, na Zona da Mata. São elas: Rúbia Correia de Souza, Karina Alves de Lima e Teresa Cristina Cavalcanti de Arruda. Elas também estão sendo investigadas por crime licitatório, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Rúbia, de acordo com a Polícia Civil, é pessoa de confiança de Tota Barreto e já foi presa.

Com informações de Ulysses Gadêlha, da Folha de Pernambuco.

Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search